Consequências da Revolução
Industrial
Após a Revolução Industrial ocorreu
um aumento extraordinário da produção. Isso aconteceu da seguinte forma: o que
era feito artesanalmente, notavelmente os bens de consumo, começou a chegar à
economia a partir da maquinofatura, o que levou bens industrializados à
população, em escala muito maior. Assim, os populares deslocaram-se aos centros
urbanos em busca de trabalho nas fábricas. Desta forma, milhares de trabalhadores
começaram a praticamente viver dentro das fábricas, que naquela época
apresentavam jornadas de trabalho que variavam entre 14 e 16 horas por dia.
Esses operários vendiam sua força de trabalho em troca da remuneração.
Com isso, a economia começou a crescer de forma
rápida, sendo que em momentos anteriores à Revolução Industrial a renda
per capta aumentava com a demora de séculos. Sendo assim, a população
começou a crescer de uma forma nunca vista antes. Apenas como exemplo, no
período entre os anos de 1500 e 1780, apenas na Inglaterra, houve um aumento
populacional de cerca de 3 milhões de habitantes para 8 milhões. Em 1880, este
índice já estava em mais de 30 milhões. Isso ocorreu devido à queda drástica da
mortalidade infantil.
Em outro aspecto, a forma de vida em sociedade e o
cotidiano da população foram mudados completamente. Com a Revolução Industrial,
os artesãos e, em geral, as pessoas que viviam no campo, passaram a viver nas
cidades e se tornaram ferramentas fundamentais para a industrialização.
Além disso, as urbes simbolizavam progresso e tornaram-se enormes e de grande
importância àquela época.
Em 1850, na Inglaterra, as pessoas mais pobres
viviam como podiam. Aglomeravam-se à margem, em subúrbios, moradias antigas e
sem o menor conforto, além de enfrentarem a insalubridade. A diferença entre a
vida na urbe e a vida no campo era basicamente, que as choupanas saíam de cena,
dando a vez aos ratos, esgoto, ruas esburacadas e falta de água encanada. Em
meio à miséria da população mais pobre, via-se, paradoxalmente, o surgimentos
de modas, inovações nos bens de consumo e a formação de uma elite industrial.
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