domingo, 30 de julho de 2017

República Velha Vídeo Aula 1: Federalismo

Resumo de História - ILUMINISMO (Débora Aladim)

Iluminismo e Sociedade de Antigo Regime: Vídeo Aula 1

Aprendendo com Videoaulas: História: República Velha

REPÚBLICA OLIGÁRQUICA BRASILEIRA - 1894-1930

Resumo de História: REPÚBLICA OLIGÁRQUICA (Débora Aladim)

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TEMAS PARA A REDAÇÃO DO ENEM 2017 (parte 1) - Débora Aladim

ENEM 2016 (Resolução Detalhada da Prova de História)

CAIU NO ENEM #07: Oligarquias

CAIU NO ENEM #32: Iluminismo

A História do Mundo em Duas Horas

Pré-História: Neolítico, Paleolitico, Idade dos Metais e Evolucionismo -...

Pré-História

sexta-feira, 28 de julho de 2017

República Velha
República Velha é a denominação dada à primeira fase da República brasileira, que se estendeu da Proclamação da República em 15 de novembro de 1889 até a Revolução de 1930, liderada por Getúlio Vargas.
Tradicionalmente, a República brasileira é dividida em:
·         República Velha (1889-1930)
·         República Nova ou Era Vargas (1930-1945)
·         República Contemporânea (1945 até nossos dias)

Primeiro Período da República Velha (1889-1894)
O primeiro período da República Velha ficou conhecido como República da Espada, em virtude da condição militar dos dois primeiros presidentes do Brasil: "Deodoro da Fonseca" e "Floriano Peixoto".
No dia seguinte à proclamação organizou-se no Brasil um Governo Provisório, chefiado por Deodoro da Fonseca, que deveria dirigir o país até que fosse elaborada uma nova Constituição.
A primeira Constituição Republicana foi promulgada pelo Congresso Constituinte no dia 24 de fevereiro de 1891. No dia seguinte, o congresso elegeu o Marechal Deodoro da Fonseca (1889-1891) - o primeiro presidente do Brasil e o vice Floriano Peixoto.
O novo governo trazia inúmeras divergências entre civis e militares. Contra Deodoro já havia uma forte oposição no Congresso.
Assim, no dia 3 de novembro, Deodoro dissolveu o Congresso, que de imediato organizou um contragolpe. Deodoro renunciou e entregou o poder ao vice-presidente Floriano Peixoto.
Floriano Peixoto (1891-1894) assumiu o cargo apoiado de uma forte ala militar. A dissolução do Congresso foi suspensa. A constituição determinava que fosse convocada novas eleições, o que não ocorreu.
Com essa atitude, Deodoro teve que enfrentar as revoltas das fortalezas de Lage e a de Santa Cruz, a Revolta Federativa e a Revolta da Armada, que causou 10.000 mortos.
Floriano governou pela força, recebendo o apelido de “Marechal de Ferro”.

Segundo Período da República Velha (1894-1930)
O segundo período da República Velha ficou conhecido como “República das Oligarquias”, por ser dominada pela aristocracia dos fazendeiros.
Na sucessão presidencial alternavam-se presidentes paulistas e mineiros. Nesse período apenas três presidentes eleitos (Hermes da Fonseca, Epitácio Pessoa e Washington Luís) não procediam dos Estados de Minas Gerais e de São Paulo.
Presidentes da República
Segue abaixo os presidentes que fizeram parte da República Velha, após a República da Espada, liderada pelos militares: Deodoro da Fonseca e Floriano Peixoto
·         Prudentes de Morais (1894-1898)
Foi o primeiro presidente civil da República. Assumiu o mandato em intensa agitação política. O “coronelismo”, poder político que existiu desde o império, teve seu apogeu na República Velha.
Os coronéis, cujos títulos eram reminiscentes dos tempos da Guarda Nacional, eram chefes políticos que influenciavam as mais altas decisões da administração federal.
O problema mais grave do governo de Prudente de Morais foi a “Guerra de Canudos” (1896 e 1897).
·         Campos Sales (1898-1902)
Fez um acordo com as oligarquias agrárias, conhecido como “Política dos Governadores”, que consistia numa troca de favores e assim, só os candidatos de situação ganhavam as eleições.
·         Rodrigues Alves (1902-1906)
Urbanizou e saneou o Rio de Janeiro, enfrentou a Revolta da Vacina, o Convênio de Taubaté e a questão do Acre. Rodrigues Alves foi reeleito em 1918, mas faleceu antes de tomar posse.
Leia também:
·         Afonso Pena (1906-1909)
Realizou melhorias na rede ferroviária, com a ligação de São Paulo e Mato Grosso, modificou as Forças Armadas, estimulou o desenvolvimento da economia do país e incentivou a imigração.
O presidente faleceu antes de completar o mandato e foi substituído pelo vice Nilo Peçanha.
·         Nilo Peçanha (1909-1910)
Criou o Serviço de Proteção ao Índio (SPI), substituído, em 1967, pela FUNAI.
·         Hermes da Fonseca (1910-1914)
Teve um governo marcado por convulsões sociais e políticas, tais como a “Revolta da Chibata”, a “Revolta dos Fuzileiros Navais”, a “Revolta do Juazeiro” e a “Guerra do Contestado”.
·         Venceslau Brás (1914-1918)
Seu mandato coincidiu com o período da Primeira Guerra Mundial, da qual o Brasil participou, lutando contra a Alemanha.
Em seu governo foi promulgado o “Código Civil Brasileiro”. Nessa época, a gripe espanhola fez vítimas no Brasil.
·         .Epitácio Pessoa (1918-1922)
Em seu governo foram realizadas obras para combater aseca no Nordeste, fez reformas no Exército e promoveu a construção de ferrovias.
Nessa época cresceram as insatisfações contra a política do café com leite, como ficou conhecida a eleição de candidatos de São Paulo e Minas Gerais.
Em 1922 ocorreu a Revolta do Forte de Copacabana. O Modernismo explodiu o Brasil com a Semana de Arte Moderna.
·         Artur Bernardes (1922-1926)
Governou todo o período em estado de sítio, para fazer frente às agitações políticas e sublevações de caráter tenentista. A situação econômica era crítica, inflação e queda no valor das exportações.
Durante esse período, sob o comando de Luís Carlos Prestes, a tropa revolucionária – que pretendia derrubar as oligarquias – percorreu mais de 20.000 km pelo interior do País.
·         Washington Luís ( 1926-1930)
O presidente tentou dar impulso à economia, construindo estradas, como a Rio- SãoPaulo e a Rio-Petrópolis. Foi deposto pela Revolução de 1930, pondo fim a política do café com leite.
Política do Café com Leite

política do café com leite foi uma estrutura de poder empregado no Brasil durante a República Velha (1889-1930), que consistiu no predomínio político dos cafeicultores de São Paulo e dos fazendeiros de Minas Gerais, que se revezavam ocupando a presidência do país.
Desde os tempos do Império aristocracia cafeeira dominava a vida política do país, de modo a defender seus interesses econômicos. Durante os primeiros governos republicanos, os cafeicultores que não participaram diretamente do golpe militar que proclamou a República foram descriminados.
Com isso, a influência política dos produtores de café só voltou a ser significativa a partir do terceiro governo republicano, quando Prudente de Moraes o primeiro presidente civil, assumiu a Presidência.
As raízes da liderança paulista e mineira na política brasileira, durante a República Velha, encontravam-se na própria Constituição republicana, promulgada em 24 de fevereiro de 1891.
Constituição de 1891 determinava a forma federativa com ampla autonomia dos estados e a sua representação proporcional na Câmara dos Deputados, isto é, cada estado elegia um número de Deputados Federais proporcional ao número de seus habitantes.
Os estados de São Paulo e Minas Gerais possuíam mais de um terço da população brasileira e formavam os maiores colégios eleitorais do país. Só necessitavam atrair outro Estado, ao qual seria entregue a vice-presidência, para manter seu domínio no plano federal.
A supremacia política nacional, desses dois estados, se convencionou chamar de “Política do Café com Leite”, que só se definiu em suas linhas completas, a partir da Política dos Governadores, que consistia numa troca mútua de favores entre os governantes estaduais (oligarquias) e o Governo Federal.
A “Política do Café com Leite” caracterizou-se pela liderança dos chefes políticos do Partido Republicano Paulista (PRP) e do Partido Republicano Mineiro (PRM). Desde a administração de Prudente de Moraes até Washington Luís, apenas três presidentes eleitos (Hermes da Fonseca, Epitácio Pessoa e Washington Luís), não procediam dos Estados de Minas Gerais ou de São Paulo.
A Política do Café com Leite, como ficou conhecida popularmente a dominação paulista e mineira do governo federal, só terminou com a Revolução de 1930, que destruiu as instituições políticas a República Velha. Observe que o nome da política refere-se ao café, de São Paulo e o leite, de Minas Gerais.
Política dos Governadores

Política dos Governadores foi um acordo político firmado durante o período da República Velha (1889-1930), com o intuito de unir os interesses dos políticos locais marcado pelas oligarquias estatais da época juntamente ao governo federal, a fim de garantir o controle do poder político.
Durante o governo do paulista Campos Sales (1898-1902) o poder federal uniu-se às oligarquias estaduais concentrada nas mãos dos latifundiários, a fim de estabelecer uma relação amistosa entre as partes.
Dessa forma, a troca de favores era clara: o governo federal concedia poder e liberdade política e ainda benefícios econômicos para as oligarquias estaduais, que em troca, favoreciam a escolha dos candidatos por meio do voto aberto, comandadas e manipulada pelos coronéis, os quais representavam a força local.
Com isso fica claro que as elites locais dominavam a cena política e econômica dos estados, sendo monopolizada por famílias nobres e muitas vezes comandadas pelos coronéis, num movimento conhecido como "coronelismo", do qual partilhavam a metodologia do voto de cabresto (voto aberto), o que viabilizou a corrupção desde fraudes eleitorais e compra de votos; ademais, o aumento da violência por meio da dominação dos coronéis nos denominados “currais eleitorais”.
Através da “Comissão Verificadora dos Poderes” a legitimação dos governadores eleitos nos estados era manipulada, de forma que reforçava a política dos governadores diante da triagem feito pelos coronéis apoiados e confiantes do poder federal, e se caso fosse necessário, ocorria a exclusão dos políticos da oposição, os quais sofriam a “degola”, ou seja, a fraude eleitoral e impedidos de tomar a posse do cargo.
A despeito de ser confundida com a política do café com leite, donde os fazendeiros de minas (que dominavam a produção leiteira) e os latifundiários paulistas (produtores de café) revezavam o poder na presidência do país, a política dos governadores impulsionou tal estrutura necessária para sua consolidação mais adiante. Com efeito, São Paulo e Minas Gerais dominavam a cena política e econômica do país, sendo que na segunda metade do século XIX o Brasil era o maior produtor e exportador de café.
Afinal desde a Proclamação da República, em 1889, cujo modelo monárquico foi substituído por uma estrutura presidencialista republicana, donde a figura do presidente passava a ser a mais importante, as oligarquias que possuíam e controlavam o poder local estatal, passaram a desenvolver estratégias junto ao poder federal. Esse método de benefício dos grandes fazendeiros e do governo federal somente terminou com a Era Vargas (1930-1945) e como consequência fortaleceu a figura dos coronéis.
Além do governo de Campos Sales, o criador da política, outros presidentes do período de república velha usufruíram do sistema da Política dos Governadores, a saber: Rodrigues Alves (1902 a 1906), Afonso Pena (1906 a 1909), Nilo Peçanha (1909 a 1910), Hermes da Fonseca (1910 a 1914) Venceslau Brás (1914 a 1918), Delfim Moreira (1918 a 1919), Epitácio Pessoa (1919 a 1922), Arthur Bernardes (1922 a 1926) e Washington Luís (1926 a 1930).

Voto de Cabresto e Coronelismo

 

A palavra Coronelismo é na realidade um abrasileiramento da patente de coronel da Guarda Nacional.
Ela passou a ser equivalente a um título nobiliárquico e se confunde com outros termos relacionados, tais como mandonismo, clientelismo e, até, feudalismo.
Esse processo tem início no plano municipal e estabelece a dominação do coronel sobre o poder público.
Origens do Coronelismo
O termo "coronel" provém das patentes da Guarda Nacional. Elas eram utilizadas para denominar os cargos aos quais as elites locais poderiam ocupar dentro do escalão militar e social brasileiro.
Assim, para ingressar nesta elite era preciso deter amplos recursos. O coronel deveria assumir os custos de uniformes e as armas no valor de 200 mil réis de renda anual nas cidades e 100 mil réis no campo.
Isso teve início durante o período regencial (1831-1842). Nesse momento, os postos militares foram colocados à venda os títulos de tenente, capitão, major, tenente-coronel e coronel da Guarda Nacional.
Características
O coronelismo abarca o período desde a Proclamação da República (1889) até a Revolução de 1930.
É oriundo das tradições patriarcais e do arcaísmo da estrutura agropecuária no interior remoto do Brasil.
Nelas, estavam estruturadas as oligarquias dos grandes latifundiários responsáveis por bancar as campanhas políticas de seus apadrinhados, e comandar a Guarda Nacional.
Esta elite política foi composta por comerciantes, grandes proprietários rurais e chefes políticos locais. Eles capazes de exercer influência sobre as massas enquanto autoridades incontestáveis.
De toda forma, os grandes proprietários recebiam a patente de coronel e podiam recrutar pessoas para compor a força militar do governo.
Com isso, podiam manter os pilares da exclusão política e do controle sobre os espaços de representação política.
Em nível local, os coronéis empregavam as milícias para reprimir e assim manter a ordem social, ao mesmo tempo em que preservava seus próprios interesses.
Os territórios controlados politicamente pelos coronéis eram denominados “currais eleitorais”. Neles, qualquer um que se negasse a votar no candidato apadrinhado pelo coronel poderia sofrer violência física e até morrer. Ese método ficou conhecido como Voto de Cabresto”.
A política durante este período foi dominada e manipulada por métodos de dominação que permitiram a oligarquia a manutenção dos interesses por meio de ações como:
·         Política dos Governadores;
·         Coronelismo;
·         Voto de Cabresto.
Apesar de toda hegemonia durante a República Velha, o coronelismo perdeu espaço com a modernização dos centros urbanos, bem como pela ascensão de novos grupos sociais.
voto de cabresto representou uma forma eleitoral impositiva e arbitrária imposta pelos coronéis.
Definição
Voto de cabresto é uma expressão dada pela superposição de duas palavras. Assim, temos Voto, que é o exercício pleno da democracia; e a palavra Cabresto, do latim capistrum, que significa "mordaça ou freio".
Dessa maneira, temos um conceito quase paradoxal, na medida em que representa a democracia amordaçada e guiada como um animal de carga.

Voto de Cabresto na República Velha

Nas regiões mais carentes do Brasil, especialmente no nordeste, esse clientelismo é uma prática recorrente desde os tempos do Império.
Fora lugar comum durante a República Velha e talvez perdure até os dias de hoje.
Isso acontecia porque nosso sistema eleitoral era frágil e fácil de ser adulterado e manipulado segundo os interesses escusos das elites agrárias.
Nesse caso, o eleitor só necessitava entregar pessoalmente um pedaço de papel com o nome do seu candidato.
Note que ele poderia ser escrito pelo próprio coronel, já que a maioria desses eleitores nem mesmo sabia ler, e depositá-lo numa urna, num saco de pano.
É notável, nesse contexto, a troca de favores que constituiu o sistema de "voto em aberto", o qual ficara então conhecido como "voto de cabresto",
Voto de Cabresto e Coronelismo
Não é possível pensar em voto de cabresto sem considerar o Coronelismo ou a violência deste regime.
É conhecido o fato de o coronel ser um fazendeiro muito rico. Ele lançava mão de seu poder econômico e militar para garantir a eleição dos seus apadrinhados políticos.
Não raramente, esses coronéis obrigavam sua clientela, até mesmo com violência física, em casos extremos, podiam chegar a morte.
Esse domínio político sobre uma região é denominado "curral eleitoral" os quais elegem os candidatos apoiados pelo líder local.
Já que o voto era aberto, ou seja, era possível identificar cada eleitor, os votantes eram pressionados e fiscalizados por jagunços do coronel.
Esta situação só teve fim (ou foi reduzida), após a Revolução de 1930, quando Getúlio Vargas ascende ao poder, combatendo o coronelismo.
Mais adiante, em 1932 entra em vigor o primeiro Código Eleitoral do Brasil, que garante o voto secreto e, com isso, golpeia duramente o poder das elites rurais.
Tipos de Voto de Cabresto
Para garantir o controle político de seu “curral eleitoral”, os coronéis manipulavam o poder político. Destacam-se o abuso de autoridade, a compra de votos ou a utilização da máquina pública.
Não era raro também, a criação de "votos fantasmas", troca de favores e fraudes eleitorais. Essas, eram forjadas a partir de documentos falsificados para que menores e analfabetos pudessem votar.
Outra maneira recorrente era a fraude da contagem de votos, quando os coronéis desapareciam com urnas para adulterar seu resultado. Contudo, a forma mais eficaz era a coerção pela violência física e psicológica.
Atualmente, as práticas de “voto de cabresto” tornaram-se mais sofisticadas. Elas continuam a vigorar, inclusive nos centros urbanos, onde a figura paramilitar a exercer a violência são as milícias.
Logo, a vontade do eleitor é violada por narcotraficantes, milícias, líderes religiosos e pela manipulação das massas. E, seus imaginários, são levados por meio do clientelismo gerado pelos programas assistenciais.
Merece destaque, nos dias de hoje, o chamado "voto de cajado", do qual pastores e líderes espirituais “impõem” aos fiéis um certo candidato da igreja.
O reflexo disso é o fortalecimento da bancada religiosa no Congresso e outras instâncias representativas brasileiras.

Professora Márcia Diniz/História/3 ano do Ensino Médio. historiasprofmarcinha.blogspot.com.br


Iluminismo

Iluminismo foi um movimento intelectual europeu surgido na França no século XVII que se espalhou rapidamente pela Europa e América durante o século XVIII.
Esse movimento, conhecimento como "Época das Luzes", busca evidenciar uma oposição ao período que precede, ou seja, a Idade Média, também conhecida como "Idade das Trevas".
Resumo
É notória a fé atribuída pelos iluministas ao poder da razão, com a qual acreditavam poder reestruturar a sociedade, ainda presa ao conhecimento herdado da tradição medieval.
Por meio da união de diversas tradições filosóficas, sociais, políticas e escolas de pensamento, os pensadores iluministas buscaram estender a noção crítica a todos os campos do saber humano.
Assim, enfatizavam a defesa do conhecimento racional enquanto meio para desconstruir preconceitos e ideologias habituais, as quais seriam superadas pelas ideias de progresso e perfectibilidade humana.
Em suas críticas, os pensadores iluministas argumentavam contra as determinações mercantilistas e religiosas, foram avessos ao absolutismo e aos privilégios dados à nobreza e ao clero. Isso abalava os alicerces da estrutura política e social absolutista.
Não obstante, criaram um compêndio dividido em 35 volumes, resumido todo o conhecimento produzido à luz da razão: a Enciclopédia (1751-1780).
Suas ideias se difundiram principalmente entre os burgueses, os quais detinham a maior parte do poder econômico, entretanto, não possuíam nada equivalente em poder político e ficaram sempre à margem das decisões.
As ideias iluministas se difundiram de tal modo que muitos governantes buscaram implantar medidas embasadas no iluminismo para modernizar seus respectivos Estados. Isso acontecia sem abdicação de seu poder absoluto, mas apenas conciliando-o aos interesses populares. Sem espanto, aqueles governantes foram denominados Déspotas Esclarecidos.
Os ideais iluministas tiveram serias implicações sociopolíticas. São exemplos o fim do colonialismo e do absolutismo e o liberalismo econômico, bem como a liberdade religiosa, o que culminou em movimentos como a Revolução Francesa (1789).
No Brasil, foram responsáveis pela Inconfidência Mineira (1789), a Conjuração Fluminense (1794), a Revolta dos Alfaiates na Bahia (1798) e a Revolução Pernambucana (1817).

Filósofos Iluministas



Desde questões morais, religiosas e políticas até as de cunho econômico ou filosófico, os ideais dos pensadores iluministas promoveram o processo de conscientização mundial.

Voltaire (1694-1778)


Voltaire, pseudônimo de François-Marie Arouet, foi um filósofo francês que nasceu em Paris. Suas críticas à nobreza resultaram em várias situações de prisão e exílio.

Principais Ideias

Defendia a ideia de uma monarquia centralizada, cujo monarca deveria ser culto e assessorado por filósofos.
Foi um crítico severo das instituições religiosas, bem como dos hábitos feudais que ainda vigoravam na Europa. Afirmava que apenas aqueles dotados de razão e liberdade poderiam conhecer as vontades e desígnios divinos.

Principais Obras

Sua principal obra, "Cartas Inglesas ou Cartas Filosóficas" foi um conjunto de cartas acerca dos costumes ingleses, os quais comparava aos do atraso da França absolutista.
Apesar disso, era contra qualquer revolução, pois acreditava que os monarcas seriam capazes de se orientar racionalmente para cumprir o seu papel.
Escreveu também novelas, tragédias e contos filosóficos, dentre os quais "O Ingênuo".

John Locke (1632-1704)


John Locke era Inglês. Foi o expoente do empirismo britânico e um dos maiores teóricos do contrato social.

Principais Ideias

Afirmava que a mente era como uma "tabula rasa". Rejeitava qualquer concepção embasada no argumento das “ideias inatas”, uma vez que todas as nossas ideias possuíam início e fim nos sentidos do corpo.
Locke combatia a ideia de que Deus decidia o destino dos homens e alegava que a sociedade corrompia os desígnios divinos ou o triunfo do bem.
Suas ideias auxiliaram na derrubada do absolutismo inglês.

Principais Obras

Uma das suas obras principais, “Dois Tratados Sobre o Governo Civil”, trata sobre o absolutismo. Dentre outras obras, escreveu “Cartas Sobre a Tolerância” e “Ensaios sobre o Entendimento Humano”.

Jean-Jacques Rousseau (1712-1778)


Jean-Jacques Rousseau foi um filósofo suíço que lançou as bases para o Romantismo europeu.

Principais Ideias

Era a favor do “contrato social”, forma de promover a justiça social que dá nome a sua principal obra.
Apregoava que a propriedade privada gerava a desigualdade entre os homens. Segundo ele os homens teriam sido corrompidos pela sociedade quando a soberania popular tinha acabado.

Principais Obras

"O Contrato Social" é a sua obra de maior destaque.
Em Émile, outra obra de grande importância, Rousseau trata da educação afirmando que ela deve ser base da reconstrução da humanidade.

Montesquieu (1689-1755)


Montesquieu, Charles-Louis de Secondat, ficou conhecido como Barão de La Brède e de Montesquieu. Foi um famoso jurista e filósofo francês que se destacou nas áreas da filosofia da história e do direito constitucional.
Foi um dos criadores da filosofia da história. Principais Ideias
Criticou de forma sistemática o autoritarismo político, bem como as tradições das instituições europeias, especialmente da monarquia inglesa.

Principais Obras

Na sua principal obra, “O Espírito das Leis”, defende a separação dos três poderes do Estado em Legislativo, Executivo e Judiciário. Acredita que essa seja uma maneira de manter os direitos individuais.
Sua obra foi inspiração para a "Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão" (1789), para a Revolução Francesa e para a Constituição dos Estados Unidos (1787).
Antes de “O Espírito das Leis” escreveu "Cartas Persas".

Denis Diderot (1713-1784)


Denis Diderot foi um filósofo e tradutor francês que nasceu em Langres. A primeira obra em que se destacou rendeu-lhe a prisão.

Principais Ideias

Criticava o absolutismo e defendia a ideia de que a política era responsável por eliminar as diferenças existentes nas sociedades.

Principais Obras

A sua primeira grande obra foi "Cartas Sobre os Cegos Para Uso Por Aqueles Que Veem".
Foi responsável por elaborar, em parceria com D'Alembert, a famosa "Enciclopédia” ou “Dicionário racional das ciências, das artes e dos ofícios".
Composta por 33 volumes, a obra reúne os principais conhecimentos acumulados pela humanidade naquela época.
Foi editada pela primeira vez na França (1751 e 1772), donde se difundiu para se tornar a principal propaganda iluminista. Por este motivo os iluministas são conhecidos como "enciclopedistas".

Adam Smith (1723-1790)


Adam Smith é considerado um dos principais teóricos do movimento. Filósofo e economista escocês, recebe o título de pai da economia moderna.

Principais Ideias

Afirmava que somente com o fim dos monopólios e da política mercantilista o Estado iria prosperar de fato.
Isso porque a riqueza das nações advinha do esforço individual (self-interest) que, por sua vez, é o que fomenta o crescimento econômico e a inovação tecnológica.
Assim, o empreendimento privado deveria agir livremente, com pouca ou nenhuma intervenção governamental. Isso fez com que seu pensamento influenciasse intensamente a burguesia, desejosa em acabar com os privilégios feudais e com o mercantilismo.

Principais Obras

"A Riqueza das Nações" é o nome da principal obra desse pensador, enquanto "Teoria dos Sentimentos Morais” é o nome do seu principal tratado.

Teorias da Evolução

Teoria da Evolução revela os momentos de desenvolvimento das espécies que habitavam ou habitam o planeta Terra. Nesse sentido, quando pensamos em evolução, tratamos de refletir sobre as teorias evolucionistas e criacionistas. Em outros termos, seria impossível falar de somente uma teoria que justifique a evolução do mundo, posto que muitos pensadores refletiram e pesquisaram sobre o tema.
Decerto que Charles Darwin, autor de "Origem das Espécies" (1859) é um dos grandes nomes sobre teorias relacionadas ao evolucionismo, cuja base é a seleção natural, teoria aceita ainda hoje.
·         Origem da Vida
A origem da vida é um assunto muito explorado e enigmático, visto as diversas teorias que apontam para o início da atividade vital no Planeta Terra. Primeiro a mitologia, histórias e lendas repletas de significados foram o foco de diversos povos da Antiguidade que tentavam explicar a origem do universo e da vida na terra bem como as mudanças climáticas que ocorriam no planeta.
A ciência ainda era pouco explorada sendo, portanto, uma das primeiras tentativas de explicação, a religião. Outra hipótese sobre a origem da vida aponta para a existência de extraterrestres e o ser humano seria uma de suas experiências trazidas para habitar o planeta.
Com o desenvolvimento da ciência e da filosofia, a "Teoria da Abiogênese" ou "Geração Espontânea", baseou-se na existência de um princípio ativo que fosse capaz de gerar vidas. Assim, por exemplo, um rato nasceria de um pano sujo. Por sua vez, a "Teoria da Biogênese" refutou os estudos anteriores afirmando que os seres vivos se originam de outros seres vivos, e não de uma matéria bruta, tal qual proposta pela Abiogênese.
Com o surgimento da ciência moderna a partir do século XVI e o desenvolvimento das áreas da biologia, física, química, as explicações sobre a origem da vida foram sendo esclarecidas, no entanto, ainda há muito que se conhecer sobre o tema.
A "Teoria do Big Bang" aponta para uma hipótese do surgimento do Universo, por meio de uma grande explosão que ocorreu entre 10 a 20 bilhões de anos atrás.
·         Teorias da Evolução: Resumo
Note que as teorias sobre a origem da vida estão pautadas basicamente em duas vertentes: a vertente "evolucionista", que propõe a evolução das espécies por meio da seleção natural dos seres que habitavam o planeta; e a "criacionista" que acredita que as forças sobrenaturais são as principais causadoras para o surgimento do planeta e do ser humano.
·         Lamarckismo
O naturalista francês Jean-Baptiste de Lamarck (1744-1829) foi muito importante para o desenvolvimento das ideias evolucionistas, tendo publicado o livro "Filosofia Zoológica" com suas conclusões em 1809. O conjunto de suas teorias é denominado de “Lamarckismo”.
Ele propunha na “Lei do Uso e do Desuso” que havia o desenvolvimento ou atrofiamento de partes do corpo, de acordo com seu uso ou desuso, respectivamente. Com isso, tais características seriam passadas ao longo do tempo para as gerações seguintes, o que ele explicou na “Lei da Transmissão dos Caracteres Adquiridos”.
Lamarck com suas leis, apontava para a importância da adaptação dos organismos ao ambiente em que vivem. Um aspecto muito importante na evolução das espécies que foi desenvolvido mais tarde por Darwin em seus estudos.
·         Darwinismo e Seleção Natural
A teoria da evolução das espécies tem como principal articulador o naturalista britânico Charles Darwin (1809-1882) sendo o conjunto de suas teorias evolutivas nomeada de "Darwinismo".
Darwin afirmou que dentre os seres vivos, inclusive o homem, descendem de um ancestrais comuns, que se modificam ao longo do tempo, assim as espécies existentes foram evoluindo de espécies mais simples que viveram antigamente.
seleção natural foi o princípio utilizado por Darwin para defender sua teoria da evolução. Desse modo, somente as espécies adaptadas às pressões do ambiente, são capazes de sobreviver, se reproduzir e gerar descendentes.
·         Neodarwinismo
Neodarwinismo ou "Teoria Sintética da Evolução", que surgiu no século XX, designa a união dos estudos de Darwin, principalmente a seleção natural, com as descobertas na área da genética. Na época dos primeiros estudos evolucionistas, ainda não se conhecia ao certo como funcionava o mecanismo de hereditariedade, só desvendado mais tarde com os estudos mendelianos.
Usando a base do conhecimento deixado por Gregor Mendel sobre a herança genética, e unindo cientistas de diversas áreas científicas, como paleontologia e a sistemática, os conceitos sobre a evolução se ampliaram.
A influência atual dos estudos sobre a evolução pode ser percebida em todas áreas da biologia, destacando-se a citologia, que estuda as células, e a sistemática, responsável pela classificação biológica.
·         Criacionismo
A Teoria da Criação ou "Criacionismo" aponta para a origem do Universo e da vida através de explicações mítico-religiosas, as quais não estariam sujeitas às evoluções ou transformações ocorridas na evolução das espécies (evolucionismo) e sim de um Criador.
De tal modo, o criacionismo destaca-se como oposta à ciência evolutiva, sendo um tema que fora discutido por diversas civilizações, gerando assim, diversas hipóteses acerca da criação do mundo, sendo que cada religião o abordou de diferentes maneiras.

Professora Márcia Diniz/História/1 ano Ensino Médio. historiasprofmarcinha.blogspot.com.br